Vias de parto e mortalidade materna no Brasil, 2011-2021: estudo ecológico de série temporal
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Resumo
O parto gradativamente foi tornando-se uma intervenção hospitalar que modificou os níveis de assistência. O parto cirúrgico promoveu segurança aos partos difíceis e, consequentemente, reduziram o risco de óbito da mãe e bebê, resultando em números cada vez mais elevados de cesariana, que por vezes é desnecessária. Este estudo objetivou caracterizar a prevalência das vias de parto realizadas no Brasil, comparando as taxas entre as diferentes regiões do país, e identificar a taxa de mortalidade materna associada a complicações do parto, entre os anos de 2011 a 2021. Trata-se de um estudo ecológico realizado por meio da obtenção de dados disponíveis na plataforma TabNet DATASUS que foram tabuladas no Excel, e, posteriormente, analisados estatisticamente no programa BioEstat 5.3. Foi observado que as regiões com destaque no índice de cesáreas ao longo da série histórica foram: Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sul. Em contrapartida, o Sudeste apresentou correlação significativa, forte e positiva entre as taxas de mortalidade e a prevalência de parto vaginal (p<0,01 e r=0,80) e correlação significativa, forte e negativa entre as taxas de mortalidade e a prevalência de cesárea (p<0,01 e r=-0,80). Por fim, as taxas de cesariana no Brasil elevaram gradativamente ao longo dos anos estudados, e, acompanharam um aumento na taxa de mortalidade materna associada.
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