Espaços não formais de educação ambiental como ferramenta de sensibilização e conscientização socioambiental no município de Araraquara-SP
Main Article Content
Resumo
A educação não formal ocorre em espaços onde há processos interativos intencionais construídos coletivamente. Os espaços não formais de educação ambiental (EA) são locais onde as pessoas podem vivenciar como o meio ambiente natural é imprescindível para a manutenção das relações ecossistêmicas que garantem a manutenção da vida em todas as suas formas. Assim, o objetivo deste artigo é apresentar um relato de experiência de um programa de EA, elaborado para estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública na cidade de Araraquara. Para os discentes do 6º ano, foi programada uma trilha ecopedagógica da escola à Nascente do Córrego Água Branca, e para os estudantes dos 7º, 8º e 9º anos foram programadas visitas técnicas monitoradas à Estação de Tratamento de Água da Fonte Luminosa, Estação de Tratamento de Esgoto de Araraquara e Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos/Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis Acácia. A seleção desses locais se deu a fim de possibilitar aos estudantes conhecerem, ao longo dos anos finais do ensino fundamental, toda a cadeia do saneamento ambiental de Araraquara. As visitas monitoradas, além de contribuírem para o entendimento dos aspectos técnicos relacionados à cadeia de saneamento, se configuram como uma importante ferramenta de reflexão acerca das relações estabelecidas entre o ser humano e a natureza e entre os próprios seres humanos, reforçando o viés socioambiental da EA. Trabalhos nesse sentido podem contribuir para a construção de programas de EA mais robustos e eficazes, em direção a uma educação transformadora.
Downloads
Article Details
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
- O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Os conteúdos da Revista Brasileira Multidisciplinar – ReBraM estão licenciados sob uma Licença Creative Commons 4.0 by.
Qualquer usuário tem direito de:
- Compartilhar — copiar, baixar, imprimir ou redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
De acordo com os seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante a apoiar você ou o seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Autores concedem à ReBraM os direitos autorais, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons 4.0 by. , que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Referências
ANGELI, T.; CARVALHO, L. M. Significados e sentidos de justiça ambiental nas teses e dissertações brasileiras em educação ambiental. ACTIO: Docência em Ciências, Curitiba, v. 5, n. 2, p. 1-21, mai./ago. 2020.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017.
BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em: 10 abr. 2022.
CARVALHO, L. M. A temática ambiental e o processo educativo: dimensões e abordagens. In: CINQUETTI, H. C. S.; LOGAREZZI, A. (Org.). Consumo e Resíduo: Fundamentos para o trabalho educativo. São Carlos: EdUFSCar, 2006. p. 19-41.
DICIONÁRIO HOUAISS. Dicionário eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. Disponível em: <https://houaiss.uol.com.br/>. Acesso em: 06 mar. 2022.
GOHN, M. G. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: avaliação em políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v. 14, n. 50, p. 27-38, jan./mar. 2006.
LAYRARGUES, P. P. O cinismo da reciclagem: o significado ideológico da reciclagem da lata de alumínio e suas implicações para a educação ambiental. Educação ambiental: repensando o espaço da cidadania, São Paulo, p. 179-219, 2002.
MARQUES, J. B. V.; FREITAS, D. Fatores de caracterização da educação não formal: uma revisão da literatura. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 43, n. 4, p. 1087-1110, out./dez. 2017.
PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAQUARA. Meio ambiente e DAAE realizam coleta de água na nascente modelo do córrego Água Branca. 2021. Disponível em: <https://www.araraquara.sp.gov.br/noticias/2021/julho/20/meio-ambiente-e-daae-realizam-coleta-de-agua-na-nascente-modelo-do-corrego-agua-branca>. Acesso em: 06 mar. 2022.
RUNNING-GRASS. Environmental Education for Environmental Justice: a Three Circles Perspective. Journal of Multicultural Environmental Education, Sausalito, v. 2, n. 1, p. 4-18, 1995.
SÃO PAULO. Resolução SMA n° 33, de 28 de março de 2018. Estabelece procedimentos operacionais e os parâmetros de avaliação da Qualificação para a Certificação e Certificação no âmbito do Programa Município VerdeAzul. Disponível em: <https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/legislacao/2018/03/resolucao-sma-33-2018/> Acesso em 28 fev. 2020.
SÃO PAULO. Resolução SIMA nº 81, de 21 de julho de 2021. Estabelece procedimentos Operacionais e os parâmetros de avaliação da Certificação, no âmbito do Programa Município VerdeAzul – PMVA. Disponível em: <https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/legislacao/2021/07/resolucao-sima-no-81-2021/>. Acesso em: 10 abr. 2022.
SILVA, J. M.; GUILHERME, B. C. Trilhas ecopedagógicas nos Parques Naturais Municipais de Bonito-PE: análise de dados com estudantes do 6º ano do ensino fundamental sobre a existência de unidades de conservação (UC’s). In: SIMPÓSIO SOBRE SUSTENTABILIDADE, 1., 2020, Recife. Anais... Recife: DADM/UFRPE, 2020. Disponível em: <http://adm.ufrpe.br/sites/ww4.deinfo.ufrpe.br/files/TRILHAS%20ECOPEDAG%C3%93GICAS%20NOS%20PARQUES%20NATURAIS%20MUNICIPAIS%20DE%20BONITO-PE%20-%20Artigo.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2022.