Espaços não formais de educação ambiental como ferramenta de sensibilização e conscientização socioambiental no município de Araraquara-SP

Main Article Content

Leonardo de Araújo Neto
Valter Luis Iost Teodoro
Simone Cristina de Oliveira
Rodrigo Perego Zavatti
Adriano Marques Gonçalves
Thaís Angeli

Resumo

A educação não formal ocorre em espaços onde há processos interativos intencionais construídos coletivamente. Os espaços não formais de educação ambiental (EA) são locais onde as pessoas podem vivenciar como o meio ambiente natural é imprescindível para a manutenção das relações ecossistêmicas que garantem a manutenção da vida em todas as suas formas. Assim, o objetivo deste artigo é apresentar um relato de experiência de um programa de EA, elaborado para estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública na cidade de Araraquara. Para os discentes do 6º ano, foi programada uma trilha ecopedagógica da escola à Nascente do Córrego Água Branca, e para os estudantes dos 7º, 8º e 9º anos foram programadas visitas técnicas monitoradas à Estação de Tratamento de Água da Fonte Luminosa, Estação de Tratamento de Esgoto de Araraquara e Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos/Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis Acácia. A seleção desses locais se deu a fim de possibilitar aos estudantes conhecerem, ao longo dos anos finais do ensino fundamental, toda a cadeia do saneamento ambiental de Araraquara. As visitas monitoradas, além de contribuírem para o entendimento dos aspectos técnicos relacionados à cadeia de saneamento, se configuram como uma importante ferramenta de reflexão acerca das relações estabelecidas entre o ser humano e a natureza e entre os próprios seres humanos, reforçando o viés socioambiental da EA. Trabalhos nesse sentido podem contribuir para a construção de programas de EA mais robustos e eficazes, em direção a uma educação transformadora.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Article Details

Como Citar
de Araújo Neto, L., Luis Iost Teodoro, V., de Oliveira, S. C. ., Perego Zavatti, R., Marques Gonçalves, A., & Angeli, T. (2022). Espaços não formais de educação ambiental como ferramenta de sensibilização e conscientização socioambiental no município de Araraquara-SP. Revista Brasileira Multidisciplinar, 25(3), 3-11. https://doi.org/10.25061/2527-2675/ReBraM/2022.v25i3.1470
Seção
Artigos Originais
Biografia do Autor

Leonardo de Araújo Neto, Departamento Autônomo de Água e Esgotos (DAAE) de Araraquara

Engenheiro Agrimensor. Lotado na Gerência de Planejamento, Sustentabilidade e Educação Ambiental de Araraquara.

Valter Luis Iost Teodoro, Departamento Autônomo de Água e Esgotos (DAAE) de Araraquara

Biólogo, especialista em Saúde Pública e Gestão de Sistemas de Saneamento Ambiental e Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. Lotado na Unidade de Educação Ambiental da Gerência de Gestão Ambiental e Sustentabilidade do Departamento Autônomo de Água e Esgotos (DAAE) de Araraquara.

Simone Cristina de Oliveira, Departamento Autônomo de Água e Esgotos (DAAE) de Araraquara

Engenheira Agrônoma. Lotada no Departamento Autônomo de Água e Esgotos (DAAE) de Araraquara.

Rodrigo Perego Zavatti, Rede Municipal de Ensino de Araraquara

Professor de Ciências na Rede Municipal de Ensino de Araraquara.

Adriano Marques Gonçalves, Universidade de Araraquara (UNIARA)

Doutor e Mestre em Biotecnologia pelo Instituto de Química, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Câmpus de Araraquara, e docente da Universidade de Araraquara (UNIARA).

Thaís Angeli, Universidade Estadual Paulista, Unesp, Câmpus de Araraquara

Doutoranda em Educação Escolar na Faculdade de Ciências e Letras, Unesp, Câmpus de Araraquara, e professora na Rede Municipal de Ensino de Araraquara. Mestra em Educação pelo Instituto de Biociências, Unesp, Câmpus de Rio Claro; e graduada em Ciências Biológicas pela Unesp, câmpus de Jaboticabal, e em Pedagogia pelo Centro Universitário Internacional Uninter.

Referências

ANGELI, T.; CARVALHO, L. M. Significados e sentidos de justiça ambiental nas teses e dissertações brasileiras em educação ambiental. ACTIO: Docência em Ciências, Curitiba, v. 5, n. 2, p. 1-21, mai./ago. 2020.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017.

BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em: 10 abr. 2022.

CARVALHO, L. M. A temática ambiental e o processo educativo: dimensões e abordagens. In: CINQUETTI, H. C. S.; LOGAREZZI, A. (Org.). Consumo e Resíduo: Fundamentos para o trabalho educativo. São Carlos: EdUFSCar, 2006. p. 19-41.

DICIONÁRIO HOUAISS. Dicionário eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. Disponível em: <https://houaiss.uol.com.br/>. Acesso em: 06 mar. 2022.

GOHN, M. G. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: avaliação em políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v. 14, n. 50, p. 27-38, jan./mar. 2006.

LAYRARGUES, P. P. O cinismo da reciclagem: o significado ideológico da reciclagem da lata de alumínio e suas implicações para a educação ambiental. Educação ambiental: repensando o espaço da cidadania, São Paulo, p. 179-219, 2002.

MARQUES, J. B. V.; FREITAS, D. Fatores de caracterização da educação não formal: uma revisão da literatura. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 43, n. 4, p. 1087-1110, out./dez. 2017.

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAQUARA. Meio ambiente e DAAE realizam coleta de água na nascente modelo do córrego Água Branca. 2021. Disponível em: <https://www.araraquara.sp.gov.br/noticias/2021/julho/20/meio-ambiente-e-daae-realizam-coleta-de-agua-na-nascente-modelo-do-corrego-agua-branca>. Acesso em: 06 mar. 2022.

RUNNING-GRASS. Environmental Education for Environmental Justice: a Three Circles Perspective. Journal of Multicultural Environmental Education, Sausalito, v. 2, n. 1, p. 4-18, 1995.

SÃO PAULO. Resolução SMA n° 33, de 28 de março de 2018. Estabelece procedimentos operacionais e os parâmetros de avaliação da Qualificação para a Certificação e Certificação no âmbito do Programa Município VerdeAzul. Disponível em: <https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/legislacao/2018/03/resolucao-sma-33-2018/> Acesso em 28 fev. 2020.

SÃO PAULO. Resolução SIMA nº 81, de 21 de julho de 2021. Estabelece procedimentos Operacionais e os parâmetros de avaliação da Certificação, no âmbito do Programa Município VerdeAzul – PMVA. Disponível em: <https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/legislacao/2021/07/resolucao-sima-no-81-2021/>. Acesso em: 10 abr. 2022.

SILVA, J. M.; GUILHERME, B. C. Trilhas ecopedagógicas nos Parques Naturais Municipais de Bonito-PE: análise de dados com estudantes do 6º ano do ensino fundamental sobre a existência de unidades de conservação (UC’s). In: SIMPÓSIO SOBRE SUSTENTABILIDADE, 1., 2020, Recife. Anais... Recife: DADM/UFRPE, 2020. Disponível em: <http://adm.ufrpe.br/sites/ww4.deinfo.ufrpe.br/files/TRILHAS%20ECOPEDAG%C3%93GICAS%20NOS%20PARQUES%20NATURAIS%20MUNICIPAIS%20DE%20BONITO-PE%20-%20Artigo.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2022.