Conhecimento da equipe de enfermagem sobre diretrizes para o manejo da sepse

Main Article Content

Ademilda Gonçalves
https://orcid.org/0000-0002-5256-5930
Rafaela Heloisa Rosales
Ana Luiza Mroczinski
https://orcid.org/0000-0003-2942-5515
Rafael Luis Bressani Lino
https://orcid.org/0000-0002-5683-7040
Ursula Marcondes Westin
Danielle Cristina Garbuio
http://orcid.org/0000-0002-0516-5213

Resumo

A sepse é uma disfunção orgânica, causada por uma desregulada resposta do hospedeiro a uma infecção; apresenta alta taxa mortalidade e representa cerca de 24% a 32% dos custos totais de uma unidade de terapia intensiva (UTI). Nesse contexto, o conhecimento da equipe de enfermagem na identificação precoce, no manejo clínico da sepse e na assistência contínua ao paciente são de extrema relevância, necessitando capacitação para o cuidado ao paciente séptico. O objetivo do estudo foi avaliar o conhecimento da equipe de enfermagem que atua em unidade de terapia intensiva sobre as melhores evidências para identificação e manejo precoce da sepse. Trata-se de um estudo quantitativo realizado com profissionais de enfermagem que trabalham em Unidades de Terapia Intensiva no interior do estado de São Paulo. Os dados foram coletados por meio de um formulário eletrônico enviado por e-mail aos participantes convidados. Participaram 30 profissionais da área da enfermagem com a média de idade 34 anos (desvio padrão 20,097); a maior parte enfermeiros (53,3%); a maioria (56,7%) acredita que consegue identificar precocemente o cliente com sepse; 43,3% afirmaram ter participado de capacitações na temática entre 1 e 3 anos; 40% conhecem a nova definição de sepse e 30% a definição nova de choque séptico; a maioria (83,3%) assinalou adequadamente as ações do pacote de 1 hora. Conclui-se que a maioria dos participantes conhecem as atualizações para o manejo da sepse (pacote de 1 hora), todavia as novas definições de sepse e choque séptico ainda são pouco conhecidas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Article Details

Como Citar
Gonçalves, A., Rosales, R. H., Mroczinski, A. L., Lino, R. L. B., Westin, U. M., & Garbuio, D. C. (2023). Conhecimento da equipe de enfermagem sobre diretrizes para o manejo da sepse. Revista Brasileira Multidisciplinar, 26(2), 17-24. Recuperado de https://revistarebram.com/index.php/revistauniara/article/view/1479
Seção
Artigos Originais
Biografia do Autor

Ursula Marcondes Westin, Centro Universitário Central Paulista

Docente e Coordenadora adjunta do curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Paulista (UNICEP- São Carlos)

Danielle Cristina Garbuio, Centro Universitário Central Paulista

Docente do curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Paulista (UNICEP).

Referências

ALVIM, A.L.; SILVANO, L.M.; RIBAS, R.T.M.; ROCHA, R.L.P. Conhecimento da equipe de enfermagem em relação aos sinais e sintomas da sepse. Enferm. Foco, v.11, n.2, p.133-138, 2020. Disponível em: http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/2951

BARRETO, M.F.C.; DELLAROZA, M.S.G.; KERBAUY, G.; GRION, C.M.C. Sepse em um hospital universitário: estudo prospectivo para análise de custo da hospitalização de pacientes. Rev Esc Enferm, v.50, n.2, p.302-308, 2016. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000200017

BRANCO, M.J.C.; LUCAS, A.P.M.; MARQUES, R.M.D.; SOUZA, P.P. O papel do enfermeiro perante o paciente crítico com sepse. Rev. Bras. Enferm., v.73, n.4, p. e20190031, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/vpDRwFcxG6TFRXyZhyVtbXQ/abstract/?lang=pt

COSTA E SILVA, T.T.S.; RODRIGUES, J.L.N.; AMARAL, G.P.; PEIXOTO JUNIOR, A.A. Conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre sepse – estudo em um hospital universitário de Fortaleza/Ceará. Rev. Med. UFC., v.57, n.3, p.24-29, 2017. doi: 10.20513/2447-6595.2017v57n3p24-29

EVANS, L.; RHODES, A.; ALHAZZANI, W., et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Intensive Care Med., v.47, p.1181–1247, 2021. doi: https://doi.org/10.1007/s00134-021-06506-y.

FERNANDES, A.M.G.; SENA, D.C.S.; SOARES, G.T.M.; NASCIMENTO, L.K.A.S.; PELLENSE, M.C.S.; CARVALO, G.A.F.L.; SENA, D.C.S. Atuação da enfermagem na detecção precoce e tratamento da sepse na terapia intensiva. Revista Humano Ser., v.1, n.1, p.66-83, 2018. https://periodicos.unifacex.com.br/humanoser/article/view/1008/320.

GOULART, L.S., et al. Are nurses updated on the proper management of patients with sepsis? Esc. Anna Nery, v.23, n.4, p.e20190013, 2019. doi: http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2019-0013.

INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE SEPSE (ILAS). Roteiro de implementação de protocolo assistencial gerenciado de sepse. 5ª edição – revisada e atualizada. In: ILAS. ILAS. São Paulo, 2019. https://www.ilas.org.br/assets/arquivos/ferramentas/roteiro-de-implementacao.pdf

KISSOON, N.; REINHART, K.; DANIELS, R.; MACHADO, M.F.; SCHACHTER, R.D.; FINFER, S. Sepsis in children: global implications of the World Health Assembly Resolutionon Sepsis. Pediatr. Crit. Care Med., v.18, n.12, p.e625-7, 2017. doi: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28914721/

LEVY, M.M., et al. Surviving sepsis campaign: Association Between Performance Metricsand Outcomes in a 7,5-year study. Critical Care Medicine, v.43, n.1, p3-12, 2015. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25275252/.

LEVY, M.M.; EVANS, L.E; RHODES, A. The Surviving Sepsis Campaign Bundle: 2018 update. Intensive Care Med., v.44, p.925–928, 2018. doi: https://doi.org/10.1007/s00134-018-5085-0

LOBO, S.M.; REZENDE, E.; MENDES, C.L., et al. Mortality due to sepsis in Brazil in a real scenario: the Brazilian ICUs project. Rev. Bras Ter Intensiva, v.31, n.1, p1-4, 2019. doi: https://doi.org/10.5935/0103-507X.20190008

MACHADO, F.R.; CAVALCANTI, A.B.; BOZZA, F.A.; FERREIRA, E.M.; CARRARA, F.S.A,; SOUSA, J.L., et al. SPREAD Investigators; Latin American Sepsis Institute Network. The epidemiology of sepsis in Brazilian intensive care units (the Sepsis PREvalence Assessment Database, SPREAD): an observational study. Lancet Infect Dis., v.17, n.11, p.1180-1189. doi: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28826588/

MOURA, J.C.; SANCHES, E.; PEREIRA, R.; FRUTUOSO, I.; WERNECK, A.L. Diagnóstico de sepse em pacientes após internação em unidade de terapia intensiva. Arq. Ciênc. Saúde, v.24, n.3, p.55-60, 2017. doi: https://doi.org/10.17696/2318-3691.24.3.2017.675.

RHODES, A.; EVANS, L.E.; ALHAZZANI, W., et al. Surviving Sepsis Campaign: International Guidelines for Management of Sepsis and Septic Shock: 2016. Crit Care Med. 2017. doi: https://doi.org/10.1097/CCM.0000000000002255

SCHEIDT, S.N.; BORDIN, D.; AGUIAR, L.N.; TRACZ, E.C.; ARCARO, G.; FARAGO, P.V.; ROCHA, M.D. Implantação do Protocolo de Manejo de Sepse no Pronto Atendimento do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais. Journal of Epidemiology and Infection Control, v.8, n.1, p.e2238-3360, 2018. doi: https://doi.org/10.17058/reci.v1i1.9974

SILVA, A.P.M.; SOUZA, H.V. Sepse: importância da identificação precoce pela enfermagem. Ver. Pró-universus. v.9, n.1, 2018. Disponível em: http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/RPU/article/view/1266

SINGER, M.; DEUTSCHMAN, C.S.; SEYMOUR, C.W., et al. The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3). JAMA, v.15, n.8, p.801-810, 2016. doi: https://doi.org/10.1001/jama.2016.0287

SMITH, M.S.P.S.; COSTA, A.W.S. Atuação da enfermagem mediante a prevenção e detecção precoce de sepse na unidade de terapia intensiva: uma revisão. Journal of Education, Scieence and Health, v.1, n.4, p.e2763-6119, 2021. doi: www.doi.org/1052832/jesh.vli4.42.

SOUZA, A.L.T.; AMÁRIO, A.P.S.; COVAY, D.L.A.; VELOSO, L.M.; CARMINATTE, D.A.; STABILE, A.M. Conhecimento do enfermeiro sobre os sinais e sintomas da sepse em adultos. Enferm Bras., v.18, n.4, p.481-488, 2019. doi: https://doi.org/10.33233/eb.v18i4.1326

TANIGUCHI, L.U.; AZEVEDO, L.C.P.; BOZZA, F.A.; CAVALCANTI, A.B.; FERREIRA, E.M.; CARRARA, F.S.A.; SOUZA, J.L.; SALOMÃO, R.; MACHADO, F.R. Disponibilidade de recursos para tratamento da sepse no Brasil: uma amostra aleatória de instituições brasileiras. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v.31, n.2, p.193-201, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbti/a/8bDnh7PvLwkpCWT3DPDDY8D/?lang=pt

TORSVIK, M.; GUSTAD, L.T.; MEHL, A.; BANGSTAD, I.L.; VINJE, L.J.; DAMAS, J.K.; SOLLIGARD, E. Early identification of sepsis in hospital inpatients by ward nurses increases 30-day survial. Critical Care., v.20, n.244, p.1-9, 2016. doi: 10.1186/s13054-016-1423-1

VIANA, R.A.P.P.; MACHADO, F.R.; SOUZA, J.L.A. Sepse um problema de saúde pública. 1ª ed. São Paulo: Coren 2017. https://www.ilas.org.br/assets/arquivos/ferramentas/livro-sepse-um-problema-de-saude-publica-coren-ilas.pdf