Atividade antidiabética das macroalgas pardas do gênero Sargassum - Uma revisão
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Resumo
A diabetes mellitus (DM) é uma síndrome metabólica e crônica caracterizada pela elevação persistente dos níveis de glicose no sangue. A terapia farmacológica se baseia principalmente na administração de insulina e/ou agentes hipoglicemiantes orais, os quais apresentam efeitos adversos, tais como hipoglicemia e distúrbios gastrointestinais, e nem sempre são eficientes na prevenção e tratamento das complicações associadas a DM. A busca por alternativas naturais é uma estratégia promissora no tratamento das doenças crônicas. As macroalgas pardas do gênero Sargassum têm demonstrado uma variedade de metabólitos secundários com atividades biológicas diversas, como anti-inflamatória, antitumoral, antimicrobiana, neuroprotetora, hipolipidêmica e hipoglicemiante. Portanto, este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão da literatura acerca da atividade antidiabética de diferentes espécies de Sargassum. Estas algas, nas formas de extratos (especialmente aquoso e alcoólico) ou compostos/frações de compostos isolados, conseguiram atenuar os sintomas do diabetes através de diversos mecanismos, a exemplo da inibição in vitro das enzimas-chave na quebra de polissacarídeos, α-amilase e α-glicosidase, e a redução da resistência à insulina, proporcionando a melhora do quadro hiperglicêmico. Diante disso, as espécies do gênero Sargassum e seus compostos bioativos apresentam um grande potencial no tratamento adjuvante do diabetes e na prevenção das complicações micro e macrovasculares resultantes do estado hiperglicêmico sustentado.
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