Tratamento da classe III dentária com alça de forças paralelas – relato de caso
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Abstract
A má oclusão de Classe III é um tipo de desvio dentoesqueletal cuja incidência varia entre 3% e 13% da população, sendo muito difícil de se diagnosticar e tratar, e o tratamento ortodôntico precoce tem sido a principal forma de tratamento para os pacientes que apresentam esta deformidade, com envolvimento dentário e/ou esquelético. A má oclusão de Classe III de Angle apresenta o sulco mésio-vestibular do primeiro molar inferior posicionado mesialmente em relação à cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior. O diagnóstico adequado é indispensável para a decisão do tratamento, uma vez que pode ser observado o envolvimento de vários elementos, tais como dentes, ossos e musculatura, que caracterizam, respectivamente os tipos de Classe III dentária, esquelética e funcional. Os pacientes que são relutantes em relação à cirurgia, ou encontram-se relativamente satisfeitos com a sua aparência, recorrem a uma das únicas alternativas, que seria tratar por meio de uma compensação dentoalveolar, sem a correção do problema esquelético. O propósito deste trabalho é apresentar um caso clínico de má oclusão de Classe III de Angle, paciente R. L. (21anos), diagnosticado, através de exames clínico e radiográfico, como Classe III esquelética. Utilizou-se a filosofia de Ricketts (arco seccionado) para realizar o tratamento ortodôntico compensatório com a utilização da alça de forças paralelas para distalizar os primeiros molares inferiores, levando-os a relação de Classe I de Angle. O tratamento durou um ano e seis meses, o perfil côncavo do paciente se manteve. Concluiu-se, portanto, que o tratamento com arcos seccionados é uma excelente opção para a distalização dos molares inferiores nas más oclusões de Classe III de Angle.
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