Qualidade de vida de mulheres na Engenharia Civil
Contenido principal del artículo
Resumen
No Brasil, o número de mulheres na área da engenharia civil aumentou consideravelmente nas últimas décadas. Contudo, não há igual relação de crescimento nos cargos de chefia feminina. Acredita-se que isso ocorra devido aos estereótipos de gênero enraizados na sociedade brasileira e que colocam as mulheres em posição de subalternidade. O menor reconhecimento da capacidade profissional das mulheres, somado a outras barreiras sexistas, pode ter consequências negativas em múltiplos aspectos da vida. O estudo analisou a percepção de engenheiras civis associadas ao CREA-SP acerca do preconceito de gênero na vida profissional. Fundamentou-se na aplicação de questionário abreviado WHOQOL-bref. Os dados foram analisados pelo software Excel Microsoft Corporation, apresentados por meio de gráficos e tabelas. Os resultados apontaram não haver uma relação direta entre inequidades de gênero e qualidade de vida. A pesquisa empírica evidenciou que as entrevistadas apresentavam boa qualidade de vida (627%), com o domínio psicológico apresentando menor escore (58,12%). Evidencia-se a necessidade de aprofundamento acerca da relação entre equidade de gênero e a saúde.
Descargas
Detalles del artículo
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-SinDerivadas 4.0.
- O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Os conteúdos da Revista Brasileira Multidisciplinar – ReBraM estão licenciados sob uma Licença Creative Commons 4.0 by.
Qualquer usuário tem direito de:
- Compartilhar — copiar, baixar, imprimir ou redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
De acordo com os seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante a apoiar você ou o seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Autores concedem à ReBraM os direitos autorais, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons 4.0 by. , que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Citas
BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Política Nacional de Promoção da Saúde (versão preliminar). Brasília: MS, 2014. 32p.
CERIBELI, H. B.; ROCHA, G. B. S.; PEREIRA, M. R. Mulheres em cargos de chefia: desafios e percepções. Canoas, n. 36, p. 9-24, 2017.
CHALLOUTS, C. U.; ELIAS, M. L. G. G.; SILVA, T. M. G. DA. Desigualdades de Gênero, Campos de Conhecimento e Atuação Profissional de Engenheiras Civis. Revista Cesumar - Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, v. 24, n. 2, p. 399-417, 2019.
CONFEA - Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Programa Mulher Sistema CONFEA/CREA E MÚTUA 2018-2020, Brasília, 2020. Disponível em: http://normativos.confea.org.br/downloads/anexo/1395-19.pdf2020.
CHIESA, A. M.; ZOBOLI, E. L. C. P.; GRANJA, G. F. Atenção à Saúde na Perspectiva da Equidade. In: PELICIONI, M. C. F.; MIALHE, F. L. (Org.). Educação e promoção da saúde: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Santos, 2019, p. 289-207.
COSTA, F. A. DA. Mulher, Trabalho e Família: os Impactos do Trabalho na Subjetividade da Mulher e em suas Relações Familiares. Pretextos - Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas, v. 3, n. 6, p. 434-452, 2018.
DIAS, M. S. L. A escolha feminina na área das profissões tecnológicas: impactos na subjetividade. Cadernos de Gênero e Tecnologia, v. 9, n. 33, p. 3-31, 2016.
FARO, A.; PEREIRA, M. E. Raça, racismo e saúde: a desigualdade social da distribuição do estresse. Estudos de psicologia, v. 16, n. 3, p. 271-278, 2011.
FLECK, M. P. DE A. et al. Desenvolvimento da versão em português do instrumento de avaliação de qualidade de vida da OMS (WHOQOL-100). Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 21, n. 1, p. 19-28, 1999.
GIACOMELLI, W.; BORGES, G. D. R.; DOS SANTOS, E. G. Determinantes da Desmotivação no Trabalho: uma investigação teórica e empírica. Revista de Administração de Roraima - RARR, v. 6, n. 1, p. 4-17, 2016.
KERGOAT, D. Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo. In: HIRATA, Helena et al. (Org.). Dicionário crítico do feminismo. 2ª ed. São Paulo: UNESP, 2009. p. 67-75.
LAGES, S. R. C. et al. O preconceito racial como determinante social da saúde - a invisibilidade da anemia falciforme. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, v. 10, n. 1, p. 109-122, 2017.
LIBERATO, T. F.; ANDRADE, T. H. N. Relações de gênero e inovação: atuação de mulheres nos NITs paulistas. Revista Estudos Feministas, v. 26, n. 2, 2018.
LOMBARDI, M. R. Engenheiras na construção civil: a feminização possível e a discriminação de gênero. Cadernos de Pesquisa, v. 47, n. 163, p. 122-146, 2017.
MAKSUD, I. Estigma e discriminação: desafios da pesquisa e das políticas públicas na área da saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva [online], v. 24, n. 01, p. 311-321, 2014.
MARCACINE, P. R. et al. Qualidade de vida, fatores sociodemográficos e ocupacionais de mulheres trabalhadoras. Ciênc. Saúde Colet., v. 24, n. 3, 2019.
MASSIGNAM, F. M.; BASTOS, J. L. D.; NEDEL, F. B. Discriminação e saúde: um problema de acesso. Epidemiol. Serv. Saúde, v. 24, n. 3, p. 541-544, 2019.
MATOS, M. Gênero. In: FLEURY-TEIXEIRA, E.; MENEGHEL, S. N. (Org.). Dicionário Feminino da Infâmia: Acolhimento e Diagnóstico de Mulheres em Situação de Violência. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015, p. 153-155.
MILNER, A.; KING, T.; LAMONTAGNE, A.; BENTLEY, R.; KAVANAGH, A. Men’s work, Women’s work, and mental health: A longitudinal investigation of the relationship between the gender composition of occupations and mental health. Soc. Sci. Med., v. 204, p. 16-22, 2018.
OLIVEIRA, M. F.; GONÇALVES, M. C. S.; DIAS, C. M.; ZAGANELLI, M. V. O trabalho das mulheres em áreas relacionadas à tecnologia e engenharia: estudo de caso sobre a inclusão feminina na construção civil. HUMANIDADES & TECNOLOGIA EM REVISTA (FINOM), v. 22, 2020.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. 1st Global Conference on Health Promotion. Ottawa: OMS, 1986.
PEDROSO, B.; PILATTI, L. A.; REIS, D. C. Cálculo dos escores e estatística descritiva do WHOQOL-bref através do Microsoft Excel. Revista Brasileira de Qualidade de Vida, v. 2, n. 1, p. 31-36, 2010.
PEREIRA, É. F.; TEIXEIRA, C. S.; SANTOS, A. Qualidade de vida: abordagens, conceitos e avaliação. Revista Brasileira Educação Física e Esporte, v. 26, n. 2, p. 241-250, 2012.
PICANÇO, L. S. Amélia e a mulher de verdade: representações dos papéis da mulher e do homem em relação ao trabalho e à vida familiar. In: ARAUJO, C.; SCALON, C. (Orgs.). Gênero, família e trabalho no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005, p.149-172.
RODRIGUES, T. F. Desigualdade de Gênero e Saúde: Avaliação de Políticas de Atenção à Saúde da Mulher. Revista Cantareira, Edição 22, p. 203-216, 2015.
SCHWARCZ, L. M. Sobre o autoritarismo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. 294p.
SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Revista Educação e Realidade, v. 20, n. 2, p. 71-99, 1995.
SILVA, T. M. G.; BERNUCCI, M. P.; GARCIA, L. F.; SILVA, A. T. C. Violência praticada por parceiros íntimos e saúde: representações de mulheres de um município do Paraná. Revista Saúde, v. 46, n. 1, p. 1-12, 2020.
WHOQOL Group. The development of the World Health Organization quality of life assessment instrument (the WHOQOL). In: ORLEY, J.; KUYKEN, W. (Orgs.). Quality of life assessment: international perspectives. Paris: Springer, 1993. p. 41-60.