SÍNDROME DO CHOQUE ACÚSTICO EM TRABALHADORES USUÁRIOS INTENSIVOS DE HEADSET E TELEFONE: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Contenido principal del artículo

Márcia Pinheiro Hortêncio de Medeiros
Elisandra dos Santos

Resumen

Com a crescente proliferação de empregos baseados em telefone (ex.: telefonistas, operadores de telemarketing/teleatendimento, controladores de tráfego aéreo, pilotos de aeronaves e de automóveis, operadores de máquinas pesadas, operadores de áudio e vídeo etc.), milhões de trabalhadores estão mais vulneráveis a choques acústicos (CA) devido ao aumento da probabilidade de exposição a incidentes acústicos intensos, agudos, súbitos e inesperados, que aleatoriamente viajam através da linha telefônica ou da interface da web até o receptor do headset ou do telefone do operador. Tal exposição pode levar a um conjunto de sintomas neurofisiológicos e psicológicos, que podem variar em grau e duração. Quando a duração é temporária, costuma-se empregar na literatura o termo CA e quando é permanente, os termos: lesão, desordem e síndrome do choque acústico (SCA), sendo os termos CA e SCA os que serão utilizados neste estudo. Frente à severidade e à complexidade dos sintomas, os impactos na qualidade de vida e na capacidade laborativa e a possibilidade de futura compensação trabalhista por danos morais e materiais em nosso país, uma revisão de literatura do período de 2005 a 2015 faz-se necessária para que fabricantes, empregadores, empregados e profissionais das áreas de segurança e saúde do trabalho sejam o mais rápido possível conscientizados sobre o tema, e capacitados quanto à prevenção, avaliação, diagnósti

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Medeiros, M. P. H. de, & dos Santos, E. (2016). SÍNDROME DO CHOQUE ACÚSTICO EM TRABALHADORES USUÁRIOS INTENSIVOS DE HEADSET E TELEFONE: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Revista Brasileira Multidisciplinar, 19(2), 83-95. https://doi.org/10.25061/2527-2675/ReBraM/2016.v19i2.415
Sección
Artigos de Revisão
Biografía del autor/a

Márcia Pinheiro Hortêncio de Medeiros, Universidade Federal do Ceará (UFC).

Mestre em Saúde Pública pela Universidade Federal do Ceará-UFC, Especialista em Audiologia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia-CFFa, Especialista em Fonoaudiologia no Trabalho pela UNIARA, Especializanda em Fonoaudiologia Forense pela Estácio e Bacharel em Fonoaudiologia pela Universidade de Fortaleza-UNIFOR, Fonoaudióloga do Centro Integrado de Reabilitação da Prefeitura Municipal de Maracanaú, Professora Assistente do Curso de Graduação em Fonoaudiologia da UNIFOR e de Cursos de Pós-Graduação da UNIFOR e Faculdade Santa Terezinha/CEST em São Luiz - MA de 1994-2007. Atua ainda como perita judicial ad hoc e assistente técnica em processos oriundos da Justiça do Trabalho.

Elisandra dos Santos, Professora do Curso de Especialização em Fonoaudiologia do Trabalho - Universidade de Araraquara (UNIARA).

Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) – Campinas (SP), Brasil; Professora do Curso de Especialização em Fonoaudiologia do Trabalho da Universidade de Araraquara (UNIARA) - Araraquara (SP), Brasil.

 

.

Citas

AUSTRALIAN COMMUNICATION INDUSTRY FORUM - ACIF. Industry guideline. ACIF G616:2013 - Acoustic safety for telephone equipment, Incorporating Amendment n. 1, 2014.

AUSTRALIAN STANDARD / AUSTRALIAN COMMUNICATION INDUSTRY FORUM (AS/ACIF). AS/ACIF S004:2008 - Voice performance requirements for customer equipment. Disponível em: <http://www.commsalliance.com.au/__data/assets/pdf_file/0009/38961/S004_2008.pdf> Acesso em: 02 mar. 2016.

BRASIL. Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL. Resolução no 529, de 3 de junho de 2009. Regulamento para certificação de equipamentos de telecomunicações quanto aos aspectos de segurança elétrica. Brasília: Ministério das Telecomunicações. Disponível em: <http://www.anatel.gov.br/legislacao/resolucoes/2009/149-resolucao-529> Acesso em: 02 mar. 2016.

______. Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, que aprova o Regulamento da Previdência Social. Brasília: Ministério da Previdência e Assistência Social, 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm> Acesso em: 02 mar. 2016.

______. Ministério da Saúde do Brasil. Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde do Brasil, 2001. 580P. (Normas e Manuais Técnicas, n. 114).

______. Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. NR 15 - Atividades e operações insalubres. Portaria MTb n.º 3.214, de 8 de junho de 1978. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A47594D040147D14EAE840951/NR-15%20(atualizada%202014).pdf> Acesso em: 02 mar. 2016.

______. Portaria SIT N.º 09, 30 de março de 2007. Anexo II - Trabalho em teleatendimento/telemarketing da NR 17 – Ergonomia. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/ff8080812be914e6012befbdacd94b74/nr_17_anexo2.pdf.> Acesso em: 02 mar. 2016.

DILLON, Harvey. Acoustic shock outlined. National Acoustics Laboratories (NAL), 2010.

GROOTHOFF, B. Acoustic shock in call centres. Australian Acoustical Society, p.335-340, nov. 2005.

HEALTH AND SAFETY EXECUTIVE - HSE. Acoustic shock, 2008. Disponível em: <http://www.hse.gov.uk/noise/acoustic.htm> Acesso em: 02 mar. 2016.

HOOPER, RE. Acoustic shock controversies. The Journal of Laryngology & Otology, v.128, Suppl. 2, p.S2–9, jul. 2014.

JABRA®. A reference guide to acoustic terminology. Disponível em: <http://www.suprag.ch/fr/DBFiles/29_WhitePaper_Laermschutz_fr.pdf> Acesso em: 12 abr. 2016.

McFERRAN, Don. Acoustic shock. Canadian Academy of Audiology, v.3, n.2, p.1, 2016.

MILHINCH, Jewellers. Acoustic shock injury: a report on injury following acoustic incidents in call centres. New Zealand Medical Journal, v. 123, n.1311, p.31-167, 2010.

NAGERIS, Ben I.; ATTIAS, Joseph; SHEMESH, Rafi. Otologic and audiologic lesions due to blast injury. Journal of Basic & Clinical Physiology & Pharmacology, v.19, n.3-4, p.185-191, 2008.

PARKER, William; PARKER, Victoria; PARKER, Glynn; PARKER, Andrew. Acoustic shock: a new occupational disease? Observations from clinical and medico-legal practice. International Journal of Audiology, v.53, n.10, p.764–769, out. 2014.

POLARIS COMMUNICATIONS Pty Ltd. Contact centre acoustic safety & comfort: An employer’s responsibility, an employee’s prerogative. 2011. Disponível em: <https://www.polaris.com.au/media/1077/contact-centre-acoustic-safety-comfort.pdf> Acesso em: 02 mar. 2016.

______. The definitive guide to acoustic safety & comfort in contact centres & offices. 2014. Disponível em: <https://www.polaris.com.au/media/1106/the-definitive-guide-to-acoustic-safety.pdf> Acesso em: 02 mar. 2016.

VEERANNA, N.; VINODH, R.S. Evaluation of acoustic shock induced early hearing loss with audiometer and distortion product otoacoustic emissions. Indian Journal of Medical Sciences, v.64, n.3, p.132-139, mar. 2010.

WESTCOTT, Myriam. A perspective on tinnitus, hyperacusis and acoustic shock research. ENT News, v.17, p.94-98. 2008.

______. Acoustic Shock Disorder (ASD) and Tonic Tensor Tympani Syndrome (TTTS). Guide for Medical Practitioners. 2006b

______. Acoustic shock disorder: tinnitus discovery. New Zealand Medical Journal, v.123, p.25–31, 2010.

WESTCOTT, Myriam. Acoustic shock injury (ASI). Acta Oto-Laryngologica, n.556, p.54-58, dez. 2006a.

______. Assessment and management of acoustic shock, tonic tensor tympani syndrome (TTTS), hyperacusis and misophonia. In: 8th International Tri Tinnitus Conference; 2014 Mar; Auckland. Proceedings. Auckland: TRI; 2014.