A doença de chagas no município de Abaetetuba, Pará, Brasil

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Lanaíde Lobato Viana
Walter Souza Santos
Veracilda Ribeiro Alves
Cléa Nazaré Ribeiro Bichara
Altem Nascimento Pontes

Resumo

Traçar o perfil epidemiológico da doença de Chagas aguda em Abaetetuba/ Pará, entre 2007 a 2017. Foram analisados dados secundários da Prefeitura de Abaetetuba, Secretaria de Saúde Pública do Estado do Pará e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, utilizando estatística descritiva. Dos 316 casos confirmados, 238 eram autóctones. A prevalência foi maior em homens (51,9%). A incidência foi maior na faixa etária de 20 a 59 anos com ou sem nenhuma escolaridade. Dois óbitos foram notificados. O número de casos foi comparável entre a zona urbana (52,85%) e a rural (43,67%). A via oral foi a mais notificada (73,42%). O critério laboratorial elucidou 97% dos casos. A incidência mensal foi maior nos meses de julho a dezembro, coincidindo com a safra do açaí. A via oral é um importante componente e a adoção de boas práticas na produção do açaí pode diminuir o número de casos da doença.


 

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Como Citar
Viana, L. L., Santos, W. S., Alves, V. R., Bichara, C. N. R., & Pontes, A. N. (2020). A doença de chagas no município de Abaetetuba, Pará, Brasil. Revista Brasileira Multidisciplinar, 23(1), 62-70. https://doi.org/10.25061/2527-2675/ReBraM/2020.v23i1.699
Seção
Artigos Originais
Biografia do Autor

Lanaíde Lobato Viana, Mestranda do programa ProfBio pela Universidade Federal do Pará.

Licenciada Plena em Biologia pelo Centro Universitário do Pará, especialista em educação inclusiva, professora efetiva da Secretaria Estadual do Pará, lotada no Sistema Modular de Ensino, que trabalha com alunos ribeirinhos no interior do Pará.

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