Desempenho ocupacional de moradores de residências terapêuticas de um município Mineiro
Contenido principal del artículo
Resumen
A residência terapêutica é uma das estratégias da reforma psiquiátrica para mudar a lógica de segregação. Ela recebe pessoas com transtornos mentais crônicos, que podem ter seu desempenho ocupacional comprometido. Objetiva-se analisar o desempenho ocupacional de moradores das residências terapêuticas de um município Mineiro; e avaliar como esses moradores percebem a própria saúde mental após a mudança para o Serviço Residencial Terapêutico. Trata-se de um estudo exploratório de natureza qualitativa. Participaram da pesquisa 22 moradores das residências terapêuticas. Os dados foram coletados nas dependências dos serviços por meio de uma entrevista e da Medida Canadense de Desempenho Ocupacional, sendo avaliados por meio de análise de conteúdo temático categorial. Foram consideradas as três categorias da Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (autocuidado, produtividade e lazer) e estabelecidas outras duas categorias adicionais: participação social e percepção de saúde. Este estudo mostra que há prejuízo no desempenho ocupacional dos moradores, seja pelos anos de doença ou de internação, mas que eles valorizam muito a autonomia nas ocupações que ainda desempenham; e que aspectos ambientais contribuem positivamente para a percepção de saúde dessas pessoas.
Descargas
Detalles del artículo
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-SinDerivadas 4.0.
- O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Os conteúdos da Revista Brasileira Multidisciplinar – ReBraM estão licenciados sob uma Licença Creative Commons 4.0 by.
Qualquer usuário tem direito de:
- Compartilhar — copiar, baixar, imprimir ou redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
De acordo com os seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante a apoiar você ou o seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Autores concedem à ReBraM os direitos autorais, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons 4.0 by. , que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Citas
BARDIN, L. Análise de conteúdo. 4. ed. Lisboa: Edições 70, 2010.281p.
BRASIL.Ministério da Saúde. Residências terapêuticas: o que são, para que servem. Brasília, 2004.16p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/120.pdf. Acesso em 22 out. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 106, de 11 de fevereiro de 2000. Institui os Serviços Residenciais Terapêuticos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 11 nov. 2000.Disponível em:
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/marco/10/PORTARIA-106-11-FEVEREIRO-2000.pdf. Acesso em 22 out. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Mental em Dados – 12, ano 10, nº 12. Informativo eletrônico. Brasília, 2015.Disponível em: http://www.mhinnovation.net/sites/default/files/downloads/innovation/reports/Report_12-edicao-do-Saude-Mental-em-Dados.pdf.Acesso em 22 out. 2019.
CHAVES, GFS. Estudo de confiabilidade e validade da Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM) em idosos com comprometimento Cognitivo Leve (CCL).76 p. Dissertação Mestrado (
Fisiopatologia Experimental). Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.
CHESWORTH, C; DUFFY, R; HODNETT, J; KNIGHT, A. Measuring clinical effectiveness in mental health: Is the Canadian Occupational Performance an appropriate measure? Br. J. Occup. Ther., v. 65, n. 1, p. 30-34, 2002.
CRESSWELL, M; RUGG, S. The canadian performance occupational therapy measure: its use with clients with schizofrenia. Int. J. Ther. Rehabil. , v. 10, n. 12, p. 544-553, 2003.
DEDDING, C; CARDOL, M; EYSSEN, IC; DEKKER, J; BEELEN, A. Validity of the canadian occupational performance measure. Clinical Rehabilitation, v. 19, n. 01, p.888-894, 2004. https://doi.org/10.1191/0269215504cr746oa. Acesso em 22 out. 2019.
DIAS, EG; ANDRADE, FB; DUARTE, YAO; SANTOS, JLF; LEBRÃO, ML. Atividades avançadas de vida diária e incidência de declínio cognitivo em idosos: Estudo SABE. Cadernos de Saúde Pública. v. 31, n. 8, p. 1623–35, 2015. https://doi.org/10.1590/0102-311X00125014.Acesso em 22 out. 2019.
DIEHL, CA; SOUZA, MA; DOMINGOS, LEC. O uso da estatística descritiva na pesquisa em custos: Análise do XIV Congresso Brasileiro de Custos. ConTexto, v.7, n. 12, p. 1-24,2007.
EYSSEN, ICJM; BEELEN, A; DEDDING, C; CARDOL, M; DEKKER, J. The reproducibility of the Canadian Occupational Performance Measure: a client- centred outcome measurement. ClinicalRehabilitation, v.1, n. 18, p. 660-667, 2006.DOI: https://doi.org/10.1191/0269215505cr883oa. Acesso em 20 nov. 2019.
FONSÊCA, MA. A prática do terapeuta ocupacional em saúde mental a partir de uma perspectiva não excludente e de respeito as diferenças. In Drummond, A. de F., Rezende, M. B., Intervenções da terapia ocupacional. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008. 175 p., (broch.).
FONTANELLA, BJB; LUCHESI, BM; SAIDEL, MGB; RICAS, J; TURATO, ER; MELO, DG. Amostragem em pesquisas qualitativas: proposta de procedimentos para constatar saturação teórica. Cadernos de Saúde Pública, v. 27, n. 2, p. 389-94, 2011. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2011000200020. Acesso em 20 nov. 2019.
GOMES, R. A análise de dados em pesquisa qualitativa. In: MINAYO, CS (org). Pesquisa social: teoria, método criatividade. 28 ed.Petrópolis, RJ: Vozes, 2008, capítulo 4. p. 67-80.
LAW, M; BAPTISTE, S; CARSWELL, A; MCCOLL, MA; POLATAJKO, H; POLLOCK, N. Medida canadense de desempenho ocupacional (COPM). Tradução Ana Amélia Cardoso, Lílian Magalhães, Lívia de Castro Magalhães. 1 ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009, 63p.
MACEDO, M; MARQUES, A; QUEIRÓS, C; MARIOTTI, MC. Esquizofrenia, atividades instrumentais de vida diária e funções executivas: uma abordagem qualitativa. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, v. 26, n. 2, p. 287-298, 2018.Disponível em: http://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/ index.php/cadernos/article/view/1938DOI10.4322/2526-8910.ctoAO1153. Acesso em 20 nov. 2019.
MARTINS, AKL; FERREIRA, WD; SOARES, RKO; OLIVEIRA, FB. Práticas de equipes de saúde mental para a reinserção psicossocial de usuários. S A N A R E, Sobral. v. 14, n. 02, p. 43-50, Jul/dez. 2015. Disponível em: https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/823/494.Acessoem 04 de maio de 2020.
MASSA, PA; MOREIRA, MIB. Vivências de cuidado em saúde de moradores de Serviços Residenciais Terapêuticos. Interface (Botucatu), v. 23, e170950, 2019. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832019000100215&lng=en&nrm=iso>. https://doi.org/10.1590/interface.170950.Acesso em 05 Mai 2020.
MEDEIROS, DAA; ABELHA, L; FONSECA, DL; SARUÇÃO, K; LOVISI, GM. Avaliação das limitações do comportamento social dos moradores dos serviços residencias terapêuticos de um pequeno município do estado do Rio de Janeiro. Cadernos de Saúde Coletiva. [Internet]. v. 26, n. 3, p. 278-284, 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2018000300278&lng=en. https://doi.org/10.1590/1414-462x201800030071.Acesso em 05 Mai 2020.
MOTIZUKI, CS; MARIOTTI, MC. Percepções de indivíduos com transtornos mentais e familiares sobre o desempenho ocupacional: contribuições da terapia ocupacional. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo.v. 25, n. 2, p. 101-10, 2014. Disponível em:http://www.revistas.usp.br/rto/article/view/57812 DOI 10.11606/issn.2238-6149.v25i2p100-11. Acesso em 22 dez. 2019.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE - OMS. O peso dos transtornos mentais e comportamentais. Organização Panamericana de Saúde. Relatório sobre a saúde no mundo 2001: saúde mental: nova concepção, nova esperança. Genebra, 2001. Disponível em: https://www.who.int/whr/2001/en/whr01_djmessage_po.pdf.Acesso em 22 out. 2019.
PEDRETTY, LW; EARLY, MB. Desempenho ocupacional e modelos de prática para disfunção física. In: PEDRETTY, LW; EARLY, MB. Terapia Ocupacional. 5.ed. São Paulo: Roca, 2005. capítulo 1, p. 03-13.
ROCHA, FL; HARA, C; PAPROCKI, J. Doença mental e estigma. Revista Médica de Minas Gerais, v. 25, n. 04, p. 590-596, 2015.Disponível em:http://www.gnresearch.org/doi/10.5935/2238-3182.20150127.DOI: https://doi.org/10.5935/2238-3182.20150127. Acesso em 22 dez. 2019.
ROZA JUNIOR, JA; LOFFREDO, AM. Residências Terapêuticas e a cidade: enfrentamentos de normas sociais vigentes. Saúde em Debate. v. 42, n. 116, p. 287–95, 2018. [citado em 04 de maio de 2020]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-11042018000100287&lng=pt&tlng=pt. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-1104201811623