Análise do limite de deflexão em pontes mistas de aço e concreto em alma cheia e sua influência no dimensionamento
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Abstract
O sistema estrutural misto de aço e concreto tem sido uma alternativa eficiente para a construção de pontes. Em especial, a configuração em vigas de alma cheia tem contribuído para a redução de peso da estrutura e maior rapidez e facilidade de execução. Apesar dos procedimentos de projeto deste tipo de estrutura estarem consolidados, existem importantes divergências normativas e na literatura com relação aos limites de deflexão. Em especial, há na literatura uma tendência de substituir os limites de deflexão fundamentados no vão longitudinal por critérios pautados na frequência de vibração natural da estrutura. O presente trabalho discute as deflexões limites estabelecidas pelas principais normas - ABNT NBR 7187, ABNT NBR 16694, AASHTO, CAN/CSA-S6-06, AS 5100.2 e os Eurocódigos - e na literatura, com destaque para o método de Barker, Staebler e Barth, (2011), visando avaliar a influência dos estados limites último (ELU) e de serviço (ELS) no dimensionamento. Para tanto, foram dimensionadas 11 pontes, variando a seção transversal e o comprimento do vão, calculando-se o carregamento distribuído que excede a capacidade resistente ao momento fletor da seção mista e os que resultam nas deflexões limites impostas pelas normas e na literatura. Notou-se que os limites recomendados pelas normalizações são muito severos, sendo o ELS preponderantes em relação ao ELU Mais especificamente, concluiu-se que a limitação da AASHTO é conservadora, uma vez que a carga que ocasiona a plastificação da seção produz deflexões, em média, 305,29% maiores que o limite imposto por tal norma. Além disso, verificou-se que o critério de Barker, Staebler e Barth (2011), fundamentado na frequência da estrutura, foi a que mais se aproximou das limitações do estado limite último, tornando o dimensionamento mais eficiente.
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