Isolamento de Malassezia pachydermatis do ouvido externo de cães domésticos: possível fonte de transmissão
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Resumen
Infecções fúngicas têm crescido durante os últimos anos, principalmente em ambiente hospitalar, podendo ser brandas e rápidas ou graves e fatais. Leveduras lipofílicas do gênero Malassezia têm se tornado patógenos significantes tanto em indivíduos imunocompetentes como em pacientes imunodeprimidos levando ao aparecimento de doenças graves. Malassezia spp têm sido relatadas mais frequentemente como agente de infecções hospitalares em neonatos de baixo peso sob cuidados na UTI, sendo relacionada à alimentação lipídica e ao contato manual com profissionais de saúde e visitantes. Malassezia pachydermatis pertence à microbiota normal de cães, podendo causar infecções de pele e otites nesses animais. O objetivo desse trabalho foi verificar a prevalência de M. pachydermatis no ouvido externo de cães domésticos sem sintomas de otite. Foram analisadas 120 amostras de cães domésticos por crescimento em ágar fungobiótico e identificação morfológica e bioquímica das colônias leveduriformes isoladas. M. pachydermatis foi identificada em 56 (46,67%) amostras analisadas, sendo que a maioria dos animais analisados tinham orelhas pendentes, podendo ter sido um fator de predisposição. Animais mais jovens possuem maior predisposição à colonização pela levedura e essa colonização é independente do sexo. Por serem as espécies do gênero Malassezia, componentes da microbiota normal de homens e animais, e do perigo que este gênero apresenta de causar infecção em pessoas debilitadas, é de fundamental importância evitar o contágio para esses pacientes, deixando clara a importância de medidas de prevenção como higienização das mãos pelos profissionais nesse ambiente.
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